sábado, 19 de fevereiro de 2011

Cães sofrem. O que podemos fazer?

 

Imagem de Imotion Imagens

 

Oi pessoal!

Puxa, com todo esse meu envolvimento com as questões dos animais, em especial cães, tenho a impressão que para os amigos vou virando uma espécie de tira-dúvidas (ainda tem hífen?). Eu sempre que posso ajudo, corro atrás, mas muitas vezes é difícil essa vida de “protetora”, porque o abandono e os maus tratos “comem soltos” no mundo humano, ainda.

Mas essa semana 2 casos específicos me levaram a escrever esse post.

Sexta-feira, 18 de fevereiro: liga uma amiga, de tarde, dizendo que numa casa abandonada perto da sua havia uma cadela com 4 filhotes, abandonados, trancados, sem comida, água e todos machucados. E me pergunta: você tem uma sugestão do que eu faço?

Eu: acessar zoonoses? Não adianta, eles querem mais que os cachorros morram mesmo. Mas mesmo assim fui atrás. Surpreendentemente, avanço: me disseram que se algum morador quiser ficar com 1, 2 ou todos os cachorros eles garantem de graça vacina, vermifugação, castração e RGA. E mais: iriam acessar o CCZ/adoção, para ver a possibilidade desses animais entrarem na fila! Ainda não tive retorno…

A outra possibilidade seria acessar a rede de proteção aos animais e ver se há alguma entidade disponível.

Outra, fazer vaquinha, levar no veterinário amigo do bairro e depois ralar pra conseguir uma família pra eles. Um dos filhotes que estava quase morto minha amiga levou para um veterinário, está pagando o tratamento, mas não poderá ficar com ele. Mas isso é história pra outro post…

Sábado, 19 de fevereiro: 10h da manhã toca meu celular, era uma gestora da minha equipe. Alô! Rêêê! Meu, tô numa ação de cata bagulho, um cachorro acabou de ser atropelado e está sangrando muito. O que eu faço?

De novo, poucas opções: zoonoses não atende nesse caso, de novo eles querem mais que o cachorro morra. Ela poderia levar ao hospital veterinário da UNISA, tentar a sorte. Ou de novo: vaquinha e levar no veterinário amigo do bairro.

Tristeza, né? Muitas pessoas querem ajudar, mas como? Olha, vou falar da minha experiência, que amo animais e sofro com maus tratos, cães passando fome, abandono… Não tenho como resgatar todo cachorro que vejo na rua, e a primeira lição nesse caso é: aprenda a controlar seu coração, seus sentimentos. Se você faz sua parte, fique de coração tranquilo e saiba que a vida selvagem na selva de pedra segue seu rumo.

A segunda coisa: ajude entidades filantrópicas. Doe: dinheiro, ração, remédio, equipamentos, tempo. Ajudará muito os anjos dos animais.

Terceira coisa: sensibilize amigos, vizinhos, parentes e todo o mundo sobre a posse responsável. Ajude nas campanhas de vacinação e castração. Mobilize a turma da rua e combine para levar os animais que moram nessa rua no próximo mutirão de castração. É possível, e dessa forma evitam-se doenças e mutliplicação em ritmo desenfreado.

Quarta coisa: se for socorrer algum animal, antes de tudo, cuidado. Um animal com dor ou medo pode morder. E feio. Daí entra na questão novamente o veterinário amigo do bairro. Sabe? Todo bairro tem aquele veterinário camarada, que atende de graça e cobra material, ajuda, daí a vaquinha é mesmo válida. De verdade. Nesse meio tempo quem sabe até você nao arruma uma família pro bicho?

E há também outras opções, os links seguem abaixo: zoonoses (sempre é bom pelo menos notificar), entidades filantrópicas e de proteção aos animais, hospitais veterinários de universidades…

Se você leu até aqui, obrigada! Ajude a divulgar, por favor!

É isso amigos, até mais!

Veterinário Solidário - ARCA Brasil

Clube dos Viralatas

Cachorro Perdido

Centro de Controle de Zoonoses São Paulo

Hospital Veterinário USP

Hospital Veterinário UNISA - São Paulo

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Ipad Verde?


Ontem li uma mátéria sobre tablets (Ipad, Galaxy Tab, etc…) e a produção de revistas para os mesmos. Li sobre as adaptações que devem sofrer na produção, no layout, distribuição e tudo mais. O que por enquanto ainda é mais caro, sendo que deveria ser mais barato tirando os custos de impressão e distribuição. Daí postei no facebook: quando realmente valerá a pena ter um trocinho/tablet?
Horas depois, continuei pensando no assunto, querendo descobrir se um trocinho/tablet seria então sustentável… dei uma pesquisada em custos, em quanto se paga para, além de ter o trocinho, ainda comprar os apps para leitura de revistas, jornais… a compra de ebooks, a internte 3G, que ainda é cara… essas coisas.
Bem, a sustentabilidade se apoia em três pilares básicos: equilíbrio ambiental, justiça social e viabilidade econômica. Então para uma “coisa” ser considerada sustentável, deve atender primeiramente à esses três quesitos, basicamente.
O trocinho/tablet até contibui para um certo equilíbrio ambiental, visto que possibilita economizar muito papel e outras cositas. Mas esses três eixos não caminham sozinhos, estão intimamente ligados (ui!)…
Viabilidade econômica… tsc tsc, “má o meno”… Para as tradicionais mídias impressas há o custo indireto com impressão, grampo de papel, cópias e tinta, distribuição, que teoricamente cai quando pensamos em substitui-los por trocinhos/tablets. Para se ter uma ideia, o Brasil descarta uma quantidade de papel branco por ano suficiente para dar a volta no planeta. Se juntar todos os tipos de papel, dá para ir da Terra à Lua 25 vezes.  Essa economia de papel até seria boa… mas seria só ela a salvadora?
Economicamente viável? Imagine adotar trocinhos/tablets em empresas, escolas, etc… Reduzir o uso de papel gera uma economia, em média, de 30% para qualquer empresa. Ao mesmo tempo, fomenta uma série de atitudes sustentáveis, como economia de energia, água e separação de lixo. Legal. Mas… e os preços, os custos? O custo de um aparelho desses ainda é muito alto. Não é acessível a camadas mais pobres da sociedade. Se tem gente que não compra nem revista, jornal, etc… imagine um trocinho/tablet. Não podemos pensar em algo somente para os abastados. Então, justiça social? Não, não para o trocinho/tablet… por enquanto.
Tudo na vida tem seu lado bom e seu lado ruim, não é mesmo?
Bem… este é um blog e não um site de dissertações e reportagens, então vou acabando o texto por aqui… Divaguei um pouco, mas a questão está lançada. Antes que muitos comecem a afirmar que um tablet é sustentável e usem isso como alavanca publicitária, eu, pessoalmente, digo que não é. E continuo me questionando: quando valerá a pena ter um trocinho/tablet?