sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Posso gostar de maquiagem?

OK, OK, eu gosto de maquiagem. E sem futilidade. Eu gosto ué! Quem me conhece sabe.

Daí outro dia estávamos num barrrzinho, bebericando e falando besteira, quando uma amiga sacou da bolsa sua necessaire de make.
Me empolguei: - úúúúú que legal! deixa eu ver tudo que tem aí?
E comecei a me divertir, que maquiagem pra mim é igual quando eu era criança e brincava de boneca...

Daí veio a idéia:
- Rê!!!! deixa eu fazer uma maquiagem em você?
- Mas já estou maquiadinha...
- Ah, um retoque!
- Tá! :D

E foi aquele "furdunço".

Daí duas amigas ambientalistas como eu:

- Credo, você sabe que vai ficar com meio quilo de metais pesados na cara né?

:/ = cara de concha

Ai, ai, ai... eu sei amigas!
Mas também sei que posso me maquiar e não contaminar o lindo rosto com metais pesados, metais leves, metais líquidos e metais sólidos... rsrs

Como??????

Simples: cosméticos orgânicos, maquiagem mineral (tem no Boticário e na Contém 1 G), produtos cruelty free (Natura, por exemplo)...

Sendo ambientalista, posso gostar de maquiagem?
SIM!!!!! Eba!

O mercado desses produtos é bem variado, dá para se divertir! Claro, se você tiver dinheiro no bolso, porque infelizmente tudo que é "ecologicamente correto" ainda custa mais caro.
Mas eu pago o preço pela boa diversão e pelo consumo responsável, né!

Quer saber mais?
Então olha aqui embaixo, para depois pintar o rostinho, passar creme, fazer hidratação, esfoliação e regeneração (hahaha) sem medo de ser feliz:

http://belezasustentavel.wordpress.com./

http://maquiagemmineral.blogspot.com/

http://www.magiadosaromas.com.br/

http://crueltyfreemakeup.wordpress.com/

http://www.cosmeticsdatabase.com/

http://www.vult.com.br/

http://www.pea.org.br/crueldade/testes/naotestam.htm

http://www.pea.org.br/crueldade/testes/testam.htm

E por ai vai, amigas e amigos...

Viu como há opções!?

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Vida sem impacto?

Não resisti a colocar aqui a notícia abaixo, veiculada pelo Instituto Akatu.
Será que você conseguiria viver assim durante uma semana?

08/09/2009 - 11h09
Uma vida sem impactos ambientais é possível?
Por Redação Akatu

Escritor americano passa um ano vivendo de maneira radicalmente ecológica e conta sua experiência em livro e filme. Mesmo morando no nono andar de um apartamento em Nova York, Colin Beavan, sua mulher Michelle e a filha de dois anos, Isabella, não usavam elevador. Qualquer meio de transporte movido direta ou indiretamente a combustíveis fósseis — elevador, automóvel, ônibus ou metrô — foi abolido, e a família só andava a pé ou de bicicleta. Eles só compravam comida local, produzida num raio de 400 quilômetros da cidade, e não usavam sacolas plásticas.A experiência teve algumas atitudes mais radicais, como não usar eletricidade dentro de casa. Isso significou deixar de assistir TV e lavar as roupas jogando-as dentro da banheira e pisando nelas, fazendo com os pés o trabalho de uma máquina de lavar. Da alimentação, foram cortados a carne vermelha e até o café; no banheiro, nada de xampu, pasta de dentes ou papel higiênico.

Esse estilo de vida era a base do projeto No Impact Man, em que Beavan e a família passaram um ano, entre 2006 e 2007, procurando provocar o menor impacto ambiental possível. A experiência virou livro e documentário, que acabam de ser lançados nos Estados Unidos. Acesse o blog No Impact Man (http://noimpactman.typepad.com) e veja o trailer do filme - http://www.noimpactdoc.com/trailer.php (ambos em inglês).Beavan calculou que, durante o ano do projeto, sua família deixou de enviar para o lixo 2190 copos de plástico ou de papel, 572 sacolas plásticas e 2184 fraldas descartáveis.

Dois anos depois do final da experiência, como conta a reportagem publicada no jornal The New York Times (http://www.nytimes.com/2009/08/20/garden/20living.html?scp=1&sq=no%20impact%20man&st=cse), eles haviam retomado alguns hábitos. A eletricidade foi religada, mas com uso restrito ao mínimo necessário, pois eles continuaram sem ligar o ar condicionado, a máquina de lavar louça e o freezer. Eles agora pegam o elevador em vez de subir os nove andares pelas escadas, mas não abandonaram a bicicleta. A carne vermelha foi eliminada do cardápio, mas o café e o azeite voltaram.

Uma vida mais feliz

Como Colin Beavan relata em seu blog, passar um ano com tantas restrições foi um processo difícil para ele e para a família, mas a experiência o levou a grandes descobertas. “Uma das coisas que eu não esperava quando vivi o mais ecologicamente possível por um ano é que eu acabaria, em vários sentidos, sendo mais feliz”, conta.

Agora, o escritor está engajado em viabilizar o No Impact Project, um projeto que pretende levar as pessoas a fazer uma experiência semelhante durante uma semana. O objetivo, de acordo com Beavan, é que as pessoas descubram quais mudanças na direção de um estilo mais ecológico poderiam lhes trazer uma vida melhor. “Não se trata de privação ambiental”, afirma Beavan em seu blog. “Trata-se de como podemos ser pessoas mais felizes ajudando a construir um planeta mais feliz.”

Para Raquel Diniz, coordenadora de Capacitação Comunitária do Instituto Akatu, mais importante do que o resultado de experiências radicais como o No Impact Man é a aprendizagem que esse processo traz. “Se a pessoa deixa de ver televisão, inventa outra coisa para fazer e vai descobrindo novas potencialidades. Isso é o mais importante na hora de criar um novo jeito de viver”, afirma Raquel.

A experiência de Beavan, segundo ela, é uma grande lição para quem vive em grandes cidades: “como podemos reinventar nosso modo de viver, causando o menor impacto possível e sendo mais feliz, sem ter de ir para o meio do mato?”.

domingo, 13 de setembro de 2009

Tem que constar, né... fazer o que?

Verdão 2 X 3 Vitória

:(

Lançamento do livro Espiritismo e Ecologia

Oi amigos!

Como ambientalista e espírita, dei pulinhos de alegria ao ver que o querido jornalista e colega André Trigueiro lançou seu livro Espiritismo e Ecologia.
:D

Venho me debruçando um pouco sobre esse tema em meus estudos.
E quanto mais entendo os ensinamentos das obras básicas de decodificação do espiritismo e das leis morais que regem a humanidade, mais entendo a lógica da natureza, dos ecossitemas e do planeta. E só consigo chegar, devagarinho e entusiasticamente, á conclusão de que realmente somos uma coisa só, intrínseca. Contemos a natureza, e ela nos contém em dado momento da nossa eterna existência. E que devemos respeito, cuidado, pois tudo nos foi dado para crescermos: no amor, no equilíbrio.
Estamos de passagem, fato para mim. Mas qual agradecimento não devemos dar por tamanho presente que recebemos: esse planeta maravilhoso!

Aproveitem a leitura da deliciosa e curta entrevista abaixo...



http://colunas.epoca.globo.com/files/437/2009/09/triguelem. jpg

O jornalista André Trigueiro, da Globonews, lançou seu novo livro "Espiritismo e Ecologia", dia 12 de Setembro, na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, no Riocentro. Em seu livro, Trigueiro identifica como a preservação ecológica se identifica com o espiritismo, e com a espiritualidade, em um sentido mais amplo.
"Se equilíbrio é sinônimo de sustentabilidade, quem busca o equilíbrio através da religião precisa ser sustentável", diz.

Trigueiro explica isso em detalhes na entrevista que concedeu à Época:

Época: O que o espiritismo diz sobre ecologia?
André Trigueiro: A expressão "ecologia" foi cunhada na Alemanha apenas nove anos depois de a primeira edição de o "Livro dos Espíritos" ter sido lançada na França , no inspiradíssimo século XIX do evolucionismo, do positivismo, do comunismo, da psicanálise, e de outras correntes de pensamento referenciais para parcela expressiva da humanidade. Espiritismo e ecologia explicam, cada qual ao seu modo, um universo sistêmico e interligado, o uso racional dos recursos naturais baseado no princípio da necessidade - e não da opulência -, uma nova ética solidária que leve em conta os interesses de todos e não de uma minoria, o respeito a todos os seres viventes. Espíritas e ecologistas também reconhecem a existência de mecanismos de autoproteção da Terra, embora expliquem isso de formas distintas. E estudam os efeitos colaterais da poluição nos dois planos da vida: enquanto a ecologia investiga o impacto dos poluentes na matéria (ar, água, solo), o espiritismo desdobra-se na investigação dos impactos de outros gêneros de poluentes (formas-pensamento, miasmas, etc) no campo sutil, no plano atral, também chamado de psicosfera.

Época: Como a ética religiosa pode ajudar a preservar a natureza?
Trigueiro: Onde se aceita a idéia de Deus, a natureza é entendida como obra divina, onde o sagrado se manifesta de forma rica e exuberante. Depredar a natureza significa macular um sistema em equilíbrio que dispõe de tudo o que nos é necessário para que possamos viver bem. De uns tempos para cá, diversas tradições vem descobrindo a riqueza da teologia ambiental para explicar, cada qual a seu modo, como as leis que regem a vida e o universo precisam ser respeitadas em favor de nós mesmos. Não estamos desconectados do meio que nos cerca. Na verdade, essa ligação é intrínseca e visceral. Se equilíbrio é sinônimo de sustentabilidade, quem busca o equilíbrio através da religião precisa ser sustentável.

Época: Você acha que se as pessoas tivessem mais espiritualidade, cuidariam melhor do ambiente?
Trigueiro: Quem cuida do lado espiritual - e realiza essa busca solitária e persistente de Deus em si mesmo - tende a ser menos dependente dos bens materiais - portanto menos consumista - e mais atento ao legado, aos impactos de ordem material e moral de sua passagem por este planeta. Mas cada vivência espiritual é pessoal e intransferível. A espiritualidade contém todas as religiões, mas uma única religião não contém toda a espiritualidade. A religião também não salva ninguém, mas antes, a disposição de cada um em ser alguém melhor, mais solidário e amoroso. Também é verdade que muita gente que não acredita em Deus - ou na vida após a morte- realiza importantes trabalhos na área da sustentabilidade. Não importa em que se crê, mas naquilo que se faz de verdade em prol dos outros e do planeta que nos acolhe.

Época: Como você descobriu o espiritualismo?
Trigueiro: Em 1987, tive uma curiosidade irrefreável de investigar os livros de cabeceira de minha mãe, onde estavam as obras básicas da Doutrina Espírita. Então iniciei uma aproximação que não teve mais freios nem pudores. Já na juventude, fazendo questionamentos enormes de ordem existencial e procurando respostas que não encontrei em outras religiões, me senti muito bem amparado pelo Espiritismo. Foi um processo natural.

Época: Como você começou a relacionar a espiritualidade com a preservação ambiental?Trigueiro: Há seis anos, fui convidado para fazer uma palestra em um centro espírita do Rio de Janeiro pelo saudoso escritor, musicoterapeuta e médium Luiz Antônio Millecco, fundador da Sociedade Pró-Livro Espírita em Braile(SPLEB). O tema era "Ecologia e Paz". Creio que o livro começou a nascer nesta palestra. De lá para cá, através de minhas pesquisas, descobri que o pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail (que usou o pseudônimo de Allan Kardec ao assinar as obras básicas do espiritismo) e o naturalista alemão Ernst Haeckel, tido como o Pai da Ecologia, eram homens de ciência que deixaram um legado importantíssimo para os dias de hoje, em que tentamos entender melhor a origem de múltiplas crises (econômica, social, ética,ambiental) e os caminhos para resolvê-las.

(Alexandre Mansur)